História da Encadernação Manual



História da Encadernação

Desde os primeiros tempos da escrita o homem reconheceu a necessidade de dotar seus documentos de uma cobertura, de modo a preservá-los do desgaste. Na Idade Média, muito antes da invenção da imprensa, a arte de encadernar alcançou altos resultados práticos e estéticos.

Encadernação é a técnica que consiste em costurar folhas impressas, de pergaminho ou papel, sobrepondo-lhes capas protetoras a fim de formar um códice (isto é, coleção de manuscritos superpostos, não apresentados em rolo) ou um livro. Existem numerosos tipos de encadernação, que variam segundo as finalidades, as técnicas e os materiais empregados.


Encadernação Manual




A técnica da encadernação manual, ainda empregada atualmente, em quase nada difere da praticada desde a Idade Média. Os instrumentos necessários são poucos e simples: bastidor ou costurador, prensa, martelo, tesoura, agulhas e cola.

Unidos os cadernos em ordem, faz-se a serrotagem de sulcos no dorso, aos quais corresponderá um número igual de cordões verticais no bastidor, aonde os cadernos são levados, um a um, para a costura. Efetuada esta, o dorso, prensado, recebe uma camada de cola. Procede-se ao aparado das folhas com uma guilhotina. Quando se trata de volumes grandes, arredonda-se o dorso, a golpes de martelo e na mesma operação preparam-se os encaixes, ou sulcos, ao longo das bordas do dorso.

Cortam-se os papelões das capas e da lombada em suas medidas exatas (empastagem) e prepara-se o material com que serão revestidos com papel, pano, pergaminho ou couro. Utilizando-se couro, as bordas são adelgaçadas a faca, para que não ofereçam muito volume ao serem dobradas sobre a parte interna das capas. Cola-se o conjunto sob pressão, e o volume é unido a sua pasta (capas), usando-se folhas de guarda. 

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História da encadernação Manual